domingo, 12 de outubro de 2008

Como doí...

Caneca de café, cigarro na mão, sentada na varanda e brinco à cabra cega com o pôr – do - sol.
Respiro o ar que o vento me oferece com o cheiro do meu mar da Nazaré misturado com o cheiro da Serra dos Candeeiros.
Cheiro conhecido, não tem novidades para mim.
Cheiro que traz lembranças, memórias que não tem fim
Imagens de amor, carinho que um dia absorvi…e guardei dentro de mim
Palavras sábias, em tom de experiencia foram gravadas sem escopo nem martelo somente com uma entrega que não tinha fim.
Foi amor sem cobranças
Foi amor sem exigências
Foi amor apenas por amar
Ai como dói a saudade
Ai como dói recusar esta dor
Desventro-me para sorrir
Mutilo-me em cada homenagem que faço gargalhando e sorrindo
Como se engana a DOR?
Como se engana a nossa alma,
Minha alma chora e se arranha para me manter viva.
Ai como dói este querer alimentar de Saber e Dedicação
Ai como dói este sorriso todos os dias para Homenagear
Chorar não posso…não devo…não era Justo
Tenho que sorrir… desta forma tenho que lembrar
Ai como dói
Gritar não posso…ninguém consegue entender
Eu nada perdi…apenas tudo se transformou
Nesta transformação tudo é difícil
Ai como dói
Ter saudades apenas sorrindo
Amar para mim, agora… tem outro sentido
Amar para mim, agora…tem outra plenitude
Amar para mim, agora…tem outra finalidade, honrar o me foi ensinado
Sorrir por saber que não me queres ver chorar
Ai como dói este buraco vazio no meu peito
Ai como dói este pensar que já não te vejo
Tenho mais do que um dia pedi
Mas dói viver por saber que só te tenho conjugando em Passado





9 comentários:

Gilbamar disse...

Sim, minha amiga, como magoam as lembranças do que acabou.

Mas, como o passado não volta é melhor viver intensamente o presente porque não temos a menor idéia do futuro.

Grande abraço!

Mª Dolores Marques disse...

Elisabete, é sempre um prazer ler-te, aqui ou em outro lugar. O que importa é o agora. O passado é passado e as lembranças ficam bem guardadas num cantinho..


Um beijo meu.

Obrigado pelo apoio. Tens sido uma boa amiga

Dolores

Anónimo disse...

Linda poesia,fiquei emocionada.Parabéns!

Cris Medeiros disse...

O texto é lindo, mas fiquei pensando em o que seria a causa de tanta dor... rs

E está sempre com um café e um cigarro na mão... rs... o café tb é meu companheiro... rs

Beijocas

Desarranjo Sintético disse...

Hum...o amor é sempre complicado, seja chegando ou saindo. O bom é que o tempo é sábio e cura todas as feridas!

Bjoks.

Fábio.

_E se eu fosse puta...Tu lias?_ disse...

Sarava!


Não creio nesse amor... todo o amor é egoísta, quer mais, quer sempre, quer tudo.
É antítese.

E nós por muito bons que sejamos, somos humanos, com erros.



um grande abraço

Unknown disse...

Gosto dos textos, mas gostaria de saber porque sempre neles começa com "cigarro na mão, caneca com..."
Abraços

João Videira Santos disse...

Conjugar o passado no presente é avivar chagas, tornar presente as lembranças que sufocam o espaço dos dias...

Reflexos imaginários ou não, foi o que li no seu post.

Camila disse...

*--* fazia atempo q naum vinhaa aki
adoreei esse post,
bem profundoo e intenso

bejoo,