terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SEM NOME


Sorriso trocista e gozão lança a VIDA
Um desafio constante em desgarrada
Sou filha do vento não digo NÃO a nada
Do NADA sou rainha
Sentada no TRONO de tudo fazer
Na mão a TAÇA do brinde ao ETERNO
Na cintura o PUNHAL de já nada querer
Ahhhhhhhhhhhhh vida tão descompassada
Fui, amada como ninguém, esquecida… fui também
Lantejoulas vesti… remendada andei
Fui aplaudida … também fui trocada
Conheci a fartura … pela fome fui marcada
Cantei, dancei, gargalhei e… chorei calada
VERGONHA… baptizei de CORAGEM
HUMILHAÇÃO…apelidei FORTALEZA
Amei até doer…
Dentro de mim trouxe a esperança…
Perdia… nem teve o nome de CRIANÇA
ZELOSA… andei com morte ao colo…
Marcas deixei por onde passei e… memórias arrecadei
Nesta coisa de que chamam de vida
Tive fartura de TUDO… TUDO foi em fartura
Estou tão cansada…
Foram muitas as vezes que gritei
“eu DESÇO AQUI”
Mas sempre CONTINUEI…
Aceitando o desafio ladino atempadamente lançado
Por TI VIDA…NUM ABRAÇO VICIADO
Ahhhhhhhhhhhh que raiva esta garra que me está entranhada
Quem dera ter a coragem de dar-me por vencida
Carambas !!!
Não quero mais esta teimosia de TUDO perder em TUDO viver
MERDA… estou cansada
Ao mar pergunto qual o meu MISTÉRIO
Em cada arvoredo procuro qual o meu SEGREDO
Respondem sempre em sussurro
“ És filha do vento”