domingo, 30 de novembro de 2008

Virar de página


11h da noite, bebo um álcool qualquer, cigarro na mão, tenho frio o sono pesa e…dou comigo a escrever
É como se eu fosse desventrada por um grito assassino
Dói-me o corpo
Pesam-me os olhos
É como de minha alma tivesse morrido
Escrevo sem pensar
Escrevo porque preciso escrever e…sem nada para dizer
Mais um golo com garra
Mais uma passa com ganas
E volto a escrever
Quero sentir
Preciso sentir
E…rio
Rio de mim
Rio da vida
E rio de nada sentir
Deito o passado fora em caixotes
Dou a minha memória em caixas,a quem quero bem
Tudo coisas, somente coisas …nada mais do que objectos
Quem recebe…fixa-me nos olhos não querendo acreditar…e lamentam, e querem negar
Eu rio, gargalho…e…dói-me o corpo
Olho para as novas paredes…e acarinho os móveis tão meus conhecidos
Vejo um fragmento e outro do passado e…ainda espreito o futuro…ridículo nada sinto
Mais um golo
Outro cigarro
Estou inteira, estou viva…estou bem
Vira mais uma página desta minha vida

domingo, 16 de novembro de 2008

Por mim...não chorem


Por mim não chorem
De mim não desistam
Porque eu nunca vou desistir de ser quem sou
Eu gargalho sem vergonha alguma
Com desprezo por esta coisa que chamam vida
Os ombros encolho quando no chão estou caída
E cara levantada sorrio e gargalho
Deste poço em que nasci – VIDA
Por mim não chorem
De mim não desistam
Porque eu nunca vou desistir de ser quem sou
Teimosamente DIGNA
Tenho garra
Esgravato até à alma ao nascer de cada dia
Até as unhas sangrarem lágrimas doridas
Teimosamente digna eu sou
Chamem-me o que quiserem
Por mim não chorem
De mim não desistam
Arranhada chego ao fim de cada dia
Quero lá saber
Na dor sou mestra
No renascer destemida
Por isso me chamam de altiva
Nas minhas certezas me calo
No saber do meu EU me silencio
Sei até onde sou capaz
Destemidamente não me renuncio
Por mim não chorem
De mim não desistam
Riam …gargalhem comigo
Esta vida não merece mais nada


terça-feira, 11 de novembro de 2008

É só... uma oração

Neste fim de tarde chuvoso, tacho ao lume com planos de melhor conseguir a ganhar tempo para nada falhar
Neste fim de tarde caí chuva miúda, parece que salpica gotas de MUDANÇAS
Vigilância repartida entre o fogão e o ecrã, nasce uma oração
Que eu seja o orgulho que quem perde
Que em mim se faça a vontade de CONSEGUIR
Que eu seja a folha virada de um livro qualquer
Que em mim se faça a CORRECÇÃO de uma qualquer leitura
Que eu seja a força desdobrada
Que em mim se faça a desdobra da CALMARIA
Que eu seja a roldana que tudo eleva
Que em mim se faça a FORÇA de nada querer
Que eu seja o sonho real
Que em mim se faça a REALIDADE sonhada
Que eu seja a palavra certa no momento oportuno
Que em mim se faça a oportunidade INESERADA
Que eu seja a mão fortaleza
Que em mim cresça a fortaleza INVENCIVEL
Que eu seja o grito da convicção
Que em mim se faça a certeza INDESMENTIVEL
Que eu seja a força que desbrava
Que em mim nasça a braveza de VENCER
Para CONSEGUIR a CORRECÇÃO em CALMARIA e com FORÇA vencer a REALIDADE tão INESPERADA e traidoramente INVENCIVEL de forma INDESMENTIVEL VENCER e poder gritar até doer eu ainda aqui estou e uma vez mais venci-te VIDA



sexta-feira, 7 de novembro de 2008

TITULO??? Quem quiser que o dê


Deitada na cama, bebo uma caneca com chá, enrolo um cigarro e sorrio e recordo os tempos em era estudante, para poupar uns trocos
Olho para o ecran branco que por mim espera
Quero escrever…quero muito escrever
Mas dentro de mim nada tenho de sentimento
Não é vazio…esse conheço de ginjeira…em tempos fomos companheiros
Apenas não sinto…nada sinto
Não me afogo em raiva
Lágrimas não as sinto
Tristeza não pressinto
Rir não consigo
Escrevo….deleto
E volto a escrever…para deletar novamente
Mais um golo de chá e ajeito o edrdon e almofada
Volto a escrever e continuo a não sentir nada
Igual a uma casa
Sem moveis, sem cheiros, sem barulhos…sem nada
E que é largada pelo dono ao rodar a chave pela ultima vez
Não sinto nada

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

BANHO


De braços estendidos, rasgo o mar
Beijado pela lua com beijos de prata
Enterro minhas mãos no frio da água
Fecho os olhos e procuro… minha alma
Caravela é o meu corpo que baila na água gelada
O escuro da noite me abraça
E eu solta… danço dentro da água
Liberdade boa esta…dentro do mar embalado na noite
Devagarinho nado… sem pressa
Dentro do meu mais fundo…uma réstia de um sonho
Mergulho no meio do ondular
Bolhas brincam ao meu redor
Preciso de respirar…abro os olhos cintilam estrelas
Coscuvilham o que vêem
Encho o peito de ar…mergulho outra vez
E de olhos abertos…brinco com a noite
Que acaricia o meu convés
Bolhas atrevidas correm à minha volta
E eu divertida quase esqueço
Que está na hora de voltar...
Flutuo quase a medo…ao mar não quero ser pesada
Caravela malvada esta…que traz a vela amarrada
E no meu BANHO nocturno procuro a âncora desesperada.