segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

CONVIDO


Desta vez nem texto, nem poema, nem indignação muito menos um desabafo ou coisa a que estão habituados (as)
Faço um convite
Boa???
Ok… Ok… Ok
Eu explico
Andava eu de cabeça enterrada na areia para nada ver e muito menos sentir
“Uma alguém” muito especial para mim, agarrou-me na mão e levou-me até um canto chamado –Alma Carioca –
Pois é
Descobri um sitio, que me apetece dizer que foi feito a pensar em mim (eheheheh)
Um cantinho, onde podemos escrever e ler calmamente e pelo prazer de o fazer e não por obrigação ou dever
Um cantinho, onde a ambição, procura de protagonismo, vaidade (por agora não tem lugar)
Entre os colaboradores, existe incentivo, respeito e a inteligência sensível
Percebi que inteligentemente é bem administrado
Percebi também, que a vontade de cruzar culturas, realidades, experiencias, SENTIRES e SABERES é demasiado grande para eu não partilhar com outros
Por isso…faço o convite a todos os que me lêem
Vão espreitar “Alma Carioca”
Leiam…e se gostarem por lá fiquem…sei que vão ser bem recebidos
http://www.almacarioca.net/
Aqui neste cantinho que é vosso, na coluna da direita, no titulo
“ Gosto de espreitar” está o link sempre ao vosso dispor
O convite está feito, espero lá por vocês e…aquele abraço do tamanho do mundo que já conhecem

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Andam a gozar com esta merda...

Ontem no I.P.O. de Coimbra, uma vez mais lamentei por um Pais chamado Portugal, pelo povo português e pela mentalidade vaidosa e tão sem essência do Sr. Estado deste pais
Uma ambulância, uma enfermeira, um pai com a filha ao colo, procuravam ajuda para a menina ser ligada “à máquina”(desconheço qual)
No fim de esperarem, saíram na procura de uma máquina vaga já…que a do I.P.O de Coimbra, estava ocupada com outra criança
A ambulância, a enfermeira, o pai com a filha ao colo…lá partiram para outro destino onde a tal máquina estivesse vaga
É de conhecimento público, a desgarrada competição dos conselhos e freguesias em apresentar ARVORES DE NATAL com INFINDAVEIS LUZINHAS que acendem e apagam
Gritam aos sete ventos que cada uma é a maior
Pois muito bem, “METAM AS LUZINHAS NOS… BOLSOS” e poupem para salvar vidas
É vergonhoso...se não fosse ser tão tristemente triste seria anedótico
Sua Ex. Sr. Estado, enquanto brinca ao poder, abanando obras e eventos sem motivos, uma ambulância, uma enfermeira e um pai com a filha nos braços procuram pelo pais uma máquina vaga
E o povinho vai batendo muitas palminhas a cada passagem do Sr. Estado Poderoso
Bate palminhas Zé povinho, engana-te bastante enquanto teus filhos morrem por culpa do teu pacifico desencanto

(Provavelmente por andar com os fígados azedos e a moral indisposta o meu sentido critico-social ficou meio que acicatado...um pouco intolerante e bastante osso duro de roer.Chamem texto, coluna ou indignaçao eu por mim...é muito enjoada e enojada desta mentalidade portuguesa ...de nada fazer)

domingo, 14 de dezembro de 2008

Nascido em mim


Canto este fado
Nascido em mim
Em tom alinhavado
Com notas de cetim

Dizem ser saudade
Chamam de dor
Eu tenho para mim
São lágrimas sem cor

Estrelas semeadas
Luas enfeitadas
Sois procurados
Constelações viciadas

É tudo o que tenho
Nesta lembrança cansada
Fica o esperar
Nesta saída emparedada

Escuro infinito
Percorro tacteando
Ao fundo a luz
Para mim acenando

Com notas de cetim
Canto este fado
Nascido em mim
Em tom alinhavado

sábado, 13 de dezembro de 2008

O meu fado


Este fado que canto
Em que rio e choro
Abraço o desencanto
E beijo a morte
Caminhos percorri
Lutas travei
Desafios aceitei
Nesta vida de má sorte

Viciados são os dados da vida
Até doer gargalhei
Ri para me ouvir
Acreditar assim que era feliz
Amei como sabia
Sonhei quando podia
Apostei onde não devia
Agora estou perdida

Não foi mal de amor
Nem tão pouco reles ilusão
Foi nascer na hora errada
Protegida por alma desventurada
Sina tão mal escrita
Que por linhas tortas
Sempre andei
E sempre tão mal lidas

(PASSADOS UMAS HORAS VONY FERREIRA, ESCREVEU SEGUINDO A MINHA TENTATIVA POETICA)

Fado que vou chorando

Nas sombras do tempo

Como se um rio corresse

Nos meus tristes pensamentos

Violência que me oprime

nesses muros frios da saudade

Mas por mais que dor me mate

Eu subsistirei à dura tempestade!

Fado, meu fado

Que me arrancas um louco gargalhar

Porque mesmo descalça

Nunca deixarei de caminhar...!

Amarei todas as luas

Por mais que os Sóis me fujam

Subirei todas as estrelas

Por mais que os rios me afoguem!

Fado que vou chorando

Numa suplica de desventura

Ah, mas nunca os meus versos

Morrerão dessa amargura!

(obrigado Vony, por teu e carinho e cuidado)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Alma... perdoa-me

Tenho a alma descalça
Ela em queixumes lamenta suas feridas
Procuro quaisquer sapatos para a calçar e…não encontro
Tenho a alma perdida no escuro
Ela por mim grita…e soluça
Procuro uma lanterna…e não encontro
Tenho a alma despida
Ela chora seu frio
Procuro roupa para a confortar…e não encontro
Tenho a alma faminta
Ela com sofreguidão pede comida
Procuro uma refeição…e não encontro
Desculpa alma
Perdoa-me se fores capaz
Tuas necessidades já não são mais as minhas
Desculpa alma
Perdoa-me se poderes
Estou a trair-te eu sei
Sei que queres minha força
Precisas da minha garra
Mas eu já não quero mais
Alma, sempre foste companheira
Alma, obrigado por tua companhia
Alma, não fiques triste
Um dia tinha que acontecer
Sonhei sem nunca contar as vezes
E todos eles só foram sonhos…nunca mais do que isso

Recomecei vezes sem conta
Corri, lutei, em tudo sempre me dei
Nunca virei a cara a um desafio
Desafiei o destino
A morte anulei
A fome venci
Fui amada como ninguém
Gargalhei até doer
As lágrimas anulei
Cantei alto para me ouvir
Amei… como sei
Minha vida troquei para oferecer vida
Um dia tinha que acontecer
A guerreira está vencida


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

QUERO...


Queria ser um pássaro para as asas fechar…deixar-me cair neste abismo que em eco chama por mim
Queria ser a folha no Outono, que dançando caí no chão e que já ninguém a olha já ninguém a vê…e finalmente na terra descansa
Queria ser um barco qualquer…para me afogar na primeira ondulação
Dava-me tanto jeito deixar de se covarde
Esta teimosia de que tudo consigo ahhh não passa de cobardia
Esta persistência de que tudo venço aiiiiiii não passa de vaidade
Queria ter a força de saber desistir
Queria ter a coragem de saber ser vencida
De nada vale escrever e reescrever sentires ou emoção…quando dentro de mim morreu aquilo que me prendia aqui
Sonhar é muito bom…quando temos permissão para o fazer
Receber é óptimo…quando não temos que pagar o resto dos nossos dias, os juros desse prazer
Rir é arma mortífera, de tanto rir por desprezo aprendi a desprezar a vida
Quero muito o dia em que já não gargalho e finalmente permito uma gota de orvalho nascer dos meus olhos
Quero muito o dia que olho para mim, e saber que naquele dia tenho a coragem e a força de encontrar a sabedoria que
estou vencida

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Sei lá...


Um novo estilo de escrita? Será uma transformação emocional?
Foi-me dito em tom de interrogação
Sei lá…novo estilo…transformação emocional…evolução…amadurecimento…pouco importa
Escrevo como escrevo
Sou quem sou
Estou como estou
Se é um grito… se é um choro…se é um encolher de ombros…se é um desprezo em tom de gargalhada…talvez mesmo um virar de costas…sei lá
É o que é
Pouco importa, analisar para querer saber e com isso compreender
É engraçado nada sentir, estou desligada e muito serena
Sei lá…é como se eu fosse dona do TEMPO
Sei lá…é como se eu fosse rainha da terra do DEPOIS
Sei lá…é como se eu fosse senhora DO ACASO
Pouco importa se estou acordada
Pouco importa se durmo
Estou por estar
Correr atrás do incerto…?
É pouco coerente
Segurar nas mãos a certeza…?
Inteligente não é
Viver na neblina do sonho sorridente…?
É negligente e credulidade a mais
Abraçar o acreditar…?
É tão pouco consistente
Novo SENTIR?
Nova etapa?
Novo estado de alma?
Novo olhar?
É possível…sei lá…provavelmente nem quero saber

domingo, 7 de dezembro de 2008

Tenho um livro...


Deram-me um livro na hora em que nasci …que leio e releio sem nunca parar
Sua capa é um xaile…já velho
Dedicatória não tem…apenas um titulo “ Reciclar destinos”
Pego nele sempre com carinho
E releio vezes sem conta
E vezes sem conta, com sabor amargo sorriu
As personagens escondem lágrimas
Nas suas culpas, repousam razões em que deitam as vidas daqueles que os amam
E na minha leitura a compreensão é REI
Conta uma história igual a milhares de outras e…sempre reciclada nas emoções
Muitas vezes adormeço abraçada a ele, cansada de tanto o ler
No dia seguinte, pego nele e volto a ler
Os intervenientes mudam de cara, as lágrimas alteram o sabor e suas culpas em motivos diferentes
Mas a história, fica sempre igual
Perder procurando ganhar a libertação
História rodopiante e louca
Consigo ouvir os gritos torturados no silêncio de cada personagem
Consigo sentir os risos do ridículo das percas impostas
Mas o fim …esse não conheço
Nunca o li…pois sou eu que quem vai ditar cada palavra…reciclando assim as paginas do meu destino