quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

UM "AGORA"


Rola que rola este viver sem nexo

Escrever e apagar uma história que já não tem papel

Nada se perde, nada se ganha

Apenas...tudo se transforma

Numa narrativa que se desenrola

Mais parece um velho cordel

Chorar é tempo perdido

Gargalhar é coisa ensaiada

Sobra um sono pesado

Esboço de vitória conseguida

Deixo-me ficar neste levar

Embalada na exaustão de uma fugida

Infinita é a vontade

Poder acordar igual a uma ave renascida

Nevoeiro embaça os olhos

Dores embaraçam o corpo

Descanço o sentimento

No ecran branco escrevendo

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