sábado, 13 de dezembro de 2008

O meu fado


Este fado que canto
Em que rio e choro
Abraço o desencanto
E beijo a morte
Caminhos percorri
Lutas travei
Desafios aceitei
Nesta vida de má sorte

Viciados são os dados da vida
Até doer gargalhei
Ri para me ouvir
Acreditar assim que era feliz
Amei como sabia
Sonhei quando podia
Apostei onde não devia
Agora estou perdida

Não foi mal de amor
Nem tão pouco reles ilusão
Foi nascer na hora errada
Protegida por alma desventurada
Sina tão mal escrita
Que por linhas tortas
Sempre andei
E sempre tão mal lidas

(PASSADOS UMAS HORAS VONY FERREIRA, ESCREVEU SEGUINDO A MINHA TENTATIVA POETICA)

Fado que vou chorando

Nas sombras do tempo

Como se um rio corresse

Nos meus tristes pensamentos

Violência que me oprime

nesses muros frios da saudade

Mas por mais que dor me mate

Eu subsistirei à dura tempestade!

Fado, meu fado

Que me arrancas um louco gargalhar

Porque mesmo descalça

Nunca deixarei de caminhar...!

Amarei todas as luas

Por mais que os Sóis me fujam

Subirei todas as estrelas

Por mais que os rios me afoguem!

Fado que vou chorando

Numa suplica de desventura

Ah, mas nunca os meus versos

Morrerão dessa amargura!

(obrigado Vony, por teu e carinho e cuidado)

1 comentário:

Fernando Serra disse...

Tão bem rimados e tão bem casados estão estes teus versos que recuso-me a guardar este elogio um tanto quanto precipitado só para mim: "Perfeito".
Está perfeito Elisabete!
Muito bom mesmo!
Meus parabéns!
Aquele abraço!