domingo, 27 de abril de 2008

Mas que chatice


Mas que chatice eu aqui a olhar para o branco do papel e falta-me o começo
Tenho o meu SENTIR lotado de sentimentos e aqui fico a olhar para o papel que mais pareço uma barata tonta.
É nestas horas que eu gostava de ter o dom de escrever.
Brinco tanto a fazer exercícios de troca de palavras e significados mas para falar daquilo que é o mais simples e natural empaco que nem uma mula teimosa
Como raio se falo do AMOR?
O que escrever de alguém que nos dá o arrepio de frio trazendo calor como a agua de um rio.
Que palavras escrever de alguém que é aquela sede que mata trazendo o prazer de sentir o fresco da agua na boca.
Que verbos aplicar a alguém que sufocando dá-me o ar que respiro
Quais os adjectivos a utilizar nele que despreocupadamente me preocupa
Que frases construir dele que é aquela lágrima que traz o sorriso
Onde pôr as virgulas quando ele faz a dor de um bicho que ferra trazendo o remédio
Quando sei eu que uma oração esta correctamente construída se o meu SENTIR não faz sentido algum
Sei que amo na saudade que sinto dos defeitos dele
Sei que amo na necessidade que tenho de o ver completo
Sei que amo na verdade desta amarra a que gosto de estar presa
Sei que amo na lágrima que choro com ele
Sei que amo neste amor até doer
Palavras? Verbos? Adjectivos? Virgulas? Frases?
É só gramática
Sentimentos não se escrevem apenas se sente
Em pleno como um mar possante de tanta pujança o AMOR esta vivo no meu SENTIR
Como eu lamento não saber escrever sobre o amor!...



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