São 20 cigarros
- Faz mal – há quem diga
Dizem outros - descontrai
- É incómodo - alguns queixam-se
No entanto pensando bem uma vez ou outra, também eu provavelmente terei sido incomoda, tenha feito mal... e porque não dado uma contribuição para descontrair à minha volta (se calhar em 20 vidas com que cruzei)
Abrimos o maço uns com a rapidez com que passam pela vida, outros quase a medo como se estivessem a esconder algo e ainda os que o fazem como um ritual divertido.
Eu pertenço aos últimos é assim que gosto de passar pela vida e que ela passe por mim… de forma divertida.
Por vezes roçando a fronteira do anedótico.
Se olharmos com atenção 3 formas existem de abrir a prata.
Os primeiros rasgam milimetricamente metade da prata.
Só mostram metade? Por medo? Por vergonha? Por timidez? Ou porque nem conhecem a outra metade deles próprios?
Depois temos o grupo que com habilidade cuidadosa descolam a prata para numa tentativa higiénica manterem sempre o maço – quase fechado…escondido talvez …e o mais divertido entre estes ainda temos uma minoria que acrescenta o pormenor de retirar todo o miolo – prata e cigarros – e voltarem a encaixar na perfeição dentro do pacote ficando assim os cigarros de cabeça para baixo – e note-se tudo isto numa rapidez acrobaticamente …perfeita
Agora pergunto será desta forma que olham para o mundo – de pernas para o ar?
E por fim o meu grupo rasgamos a prata sem pudor algum, na totalidade (doía o que doer a quem quer que seja a vida é isto magoar e ser magoado)
Começa propriamente o acto em si
Puxasse um cigarro e…outra constatação
Temos os que simplesmente o põe na boca e acendem sem qualquer prazer
(sempre que o vejo penso que é alguém para quem a vida não tem sabor é somente um conjunto de hábitos, costumes e regras).
Seguem-se os que acendem sempre com a mão a tapar (novamente a esconder)
Finalmente o meu grupo primeiro brincamos com o cigarro, se estamos acompanhados conversamos um bocado com ele nas mãos como que a dar a oportunidade da outra pessoa dizer
– Incomoda-me…
Depois como por magia ele aparece aceso (sem modéstia alguma o meu grupo é muito engraçado).
A seguir vem o acto propriamente dito – FUMAR
Temos as puxadas nervosas ( curtas rápidas e concisas ) seguidas de um fumo estupidamente acre e volumoso ( devem ser os deprimidos… )
Temos as puxadas longas ficando no ar o fumo em forma de labirinto assustadoramente compacto (haja pulmões).
Do meu ponto de vista é um aterrador
Por ultimo o meu grupo a primeira puxada é sempre mais longa seguida de um sorriso depois o fumo é sempre atirado para baixo...não queremos incomodar...claro está.
Chegou a beata...agora sim é a parte que mais gosto...é fantástico não falha
Os que estão sempre com pressa durante todo este processo, apagam esmagando o feltro por vezes até se queimam tal é a raiva
Os que desde o inicio escondem (mais parecem gato escondido com o rabo de fora) fica sempre uma chaminé de fumo a arder (pergunto de mim para mim era isto que estava a esconder?)
Nós os despudorados, apagamos a beata e com ela entre os dedos juntamos a cinza toda num montinho ficando o cinzeiro limpinho...até parece que temos gozo em provocar
Porquê? Sei lá... sei apenas que o fazemos...o meu sentir nesse momento é sempre de uma satisfação magoada...estranho
No fim do maço estar vazio que fazemos todos? Amarrotamos e deitamos fora. Igualzinho ao que fazemos e nos fazem pela vida fora.
Somos ou não como um maço de cigarros?
- Faz mal – há quem diga
Dizem outros - descontrai
- É incómodo - alguns queixam-se
No entanto pensando bem uma vez ou outra, também eu provavelmente terei sido incomoda, tenha feito mal... e porque não dado uma contribuição para descontrair à minha volta (se calhar em 20 vidas com que cruzei)
Abrimos o maço uns com a rapidez com que passam pela vida, outros quase a medo como se estivessem a esconder algo e ainda os que o fazem como um ritual divertido.
Eu pertenço aos últimos é assim que gosto de passar pela vida e que ela passe por mim… de forma divertida.
Por vezes roçando a fronteira do anedótico.
Se olharmos com atenção 3 formas existem de abrir a prata.
Os primeiros rasgam milimetricamente metade da prata.
Só mostram metade? Por medo? Por vergonha? Por timidez? Ou porque nem conhecem a outra metade deles próprios?
Depois temos o grupo que com habilidade cuidadosa descolam a prata para numa tentativa higiénica manterem sempre o maço – quase fechado…escondido talvez …e o mais divertido entre estes ainda temos uma minoria que acrescenta o pormenor de retirar todo o miolo – prata e cigarros – e voltarem a encaixar na perfeição dentro do pacote ficando assim os cigarros de cabeça para baixo – e note-se tudo isto numa rapidez acrobaticamente …perfeita
Agora pergunto será desta forma que olham para o mundo – de pernas para o ar?
E por fim o meu grupo rasgamos a prata sem pudor algum, na totalidade (doía o que doer a quem quer que seja a vida é isto magoar e ser magoado)
Começa propriamente o acto em si
Puxasse um cigarro e…outra constatação
Temos os que simplesmente o põe na boca e acendem sem qualquer prazer
(sempre que o vejo penso que é alguém para quem a vida não tem sabor é somente um conjunto de hábitos, costumes e regras).
Seguem-se os que acendem sempre com a mão a tapar (novamente a esconder)
Finalmente o meu grupo primeiro brincamos com o cigarro, se estamos acompanhados conversamos um bocado com ele nas mãos como que a dar a oportunidade da outra pessoa dizer
– Incomoda-me…
Depois como por magia ele aparece aceso (sem modéstia alguma o meu grupo é muito engraçado).
A seguir vem o acto propriamente dito – FUMAR
Temos as puxadas nervosas ( curtas rápidas e concisas ) seguidas de um fumo estupidamente acre e volumoso ( devem ser os deprimidos… )
Temos as puxadas longas ficando no ar o fumo em forma de labirinto assustadoramente compacto (haja pulmões).
Do meu ponto de vista é um aterrador
Por ultimo o meu grupo a primeira puxada é sempre mais longa seguida de um sorriso depois o fumo é sempre atirado para baixo...não queremos incomodar...claro está.
Chegou a beata...agora sim é a parte que mais gosto...é fantástico não falha
Os que estão sempre com pressa durante todo este processo, apagam esmagando o feltro por vezes até se queimam tal é a raiva
Os que desde o inicio escondem (mais parecem gato escondido com o rabo de fora) fica sempre uma chaminé de fumo a arder (pergunto de mim para mim era isto que estava a esconder?)
Nós os despudorados, apagamos a beata e com ela entre os dedos juntamos a cinza toda num montinho ficando o cinzeiro limpinho...até parece que temos gozo em provocar
Porquê? Sei lá... sei apenas que o fazemos...o meu sentir nesse momento é sempre de uma satisfação magoada...estranho
No fim do maço estar vazio que fazemos todos? Amarrotamos e deitamos fora. Igualzinho ao que fazemos e nos fazem pela vida fora.
Somos ou não como um maço de cigarros?
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