quarta-feira, 5 de novembro de 2008

BANHO


De braços estendidos, rasgo o mar
Beijado pela lua com beijos de prata
Enterro minhas mãos no frio da água
Fecho os olhos e procuro… minha alma
Caravela é o meu corpo que baila na água gelada
O escuro da noite me abraça
E eu solta… danço dentro da água
Liberdade boa esta…dentro do mar embalado na noite
Devagarinho nado… sem pressa
Dentro do meu mais fundo…uma réstia de um sonho
Mergulho no meio do ondular
Bolhas brincam ao meu redor
Preciso de respirar…abro os olhos cintilam estrelas
Coscuvilham o que vêem
Encho o peito de ar…mergulho outra vez
E de olhos abertos…brinco com a noite
Que acaricia o meu convés
Bolhas atrevidas correm à minha volta
E eu divertida quase esqueço
Que está na hora de voltar...
Flutuo quase a medo…ao mar não quero ser pesada
Caravela malvada esta…que traz a vela amarrada
E no meu BANHO nocturno procuro a âncora desesperada.

2 comentários:

Cris Medeiros disse...

Lindo poema, linda imagem! Deu até vontade de dar um mergulho desse!

Beijocas

Gilbamar disse...

É nesses mergulhos poéticos que encontramos os encantos da alma.

Abraços do amigo Gilbamar.