Hoje tinha que fazer umas compras para a casa vai daí pelo meio da manhã desço a minha rua num bairro agradável e prazenteiro, fazendo ainda mentalmente a lista das compras para não esquecer de nada.
Na paragem do (miniautocarro 17 lugares) URBANA já estava por lá uma jovem menina de 12 anos filha de uma vizinha
- Bom dia cachopa por aqui tão cedo? Hoje é feriado
- Vou a casa de uma amiga minha – disse com um sorriso bem disposto
Continuámos a tagarelar coisas próprias de um adulto com uma menina que começa a descobrir o mundo dos grandes .
A URBANA chegou, entramos e ficamos em bancos separados
Demos os bons dias à condutora que meteu conversa com a menina e passamos por duas passageiras na casa dos 50 anos que vinham em dois bancos lado a lado
A criança levantou-se e ficou junto à porta
- Esta tem pai? – começou uma abeirando-se do banco da outra
- Isso também eu gostava de saber – respondeu esta com sussurro mal disfarçado
Não tirei os olhos da menina, pedindo ao cosmos que não tivesse ouvido
E tremi, suei a segurar-me quando vi lágrimas caírem nos degraus da porta
Ahhhhhhhhhh que dor me deu no peito, comecei a suster a respiração com receio de não segurar o meu instinto eu não podia naquele momento ficar com a menina.
Suavemente nos seus 12 anos com o peso do mundo nos ombros desceu do miniautocarro, vitou-se para a minha janela de mão no ar acenando adeus e as lágrimas sem parar
Esperei a porta fechar e nem ainda a URBANA estava a andar
- Suas grandes cadelas com cio se tanto querem saber se aquela criança tem pai ou não tenham colhões e perguntem à mãe
-Ma…. – uma tentou
- Mas uma merda é uma criança não se sabe defender de gentelha como vocês suas vacas
-Ma…- tentou a outra
- Mas o CAR…HO suas p…tas que não tem nada melhor para fazer do que andar a tomar conta da vida dos outros
- Ó D. Elisabete – tentou a motorista
- Desculpe mas eu não me vou calar com gentelha escroque e cobarde temos que tratar como merecem
Aproveitando a intervenção da motorista uma ainda disse
- Não é preciso falar assim
- Quem não precisa de falar assim? – perguntei em tom arreliado no fim de contas agora neste momento só tinham que se calar – você sua verme no fim de fazer sofrer uma criança de forma canalha ainda tem a pretensão de vir com conversas de moralismo ou de educação comigo? – fiquei à espera da resposta e tornei a esperar – então sua cobarde agora que tem alguém da sua idade com a resposta na ponta da língua cala-se
- Ela só… - ainda tentou a outra provavelmente defender a comparsa
- Mas ela o quê ? Ela é tão viscosa e nojenta como você duas porcas sabujas que se calhar até são mães ou avós e dão-se a este papel triste é vergonhoso suas merdosas
De fininho saíram na próxima paragem
Mas antes de descerem ainda levaram com um – já vão tarde vermes vocês nem deviam entrar
Continuei a minha viagem
- A senhora desculpe a minha falta de educação mas foi mais forte do que eu, sei que está no seu local de trabalho mas não consegui controlar-me
- Não seja por isso estas duas são sempre a mesma coisa e da sua atitude só tenho a dizer Eh mulher danada
1 comentário:
Gosteeeei da sua reação! Odeio gente sem tato que fala coisas sem pensar! E detesto mais ainda quem machuca crianças e animais, são seres indefesos!
Beijos
Enviar um comentário